O QUE NÃO TE CONTARAM SOBRE TRABALHO E DINHEIRO 🤑

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Recentemente, comecei a empreender em uma nova startup. Com isso, passei a refletir sobre o que é importante para mim, tanto no âmbito profissional quanto na minha vida pessoal. E acabei pensando sobre

qual é o papel do dinheiro no meu trabalho e na minha vida.

Hoje, eu empreendo em mais de um negócio e o dinheiro que faço é, basicamente, definido por mim. Mas, já trabalhei em empresas sem saber ao certo como entregar mais valor e, consequentemente, aumentar meu salário. Acredito que você também pode estar passando por uma situação como essa e, por isso, resolvi escrever este artigo.

Para investir meu tempo no que eu realmente acredito, há mais de 10 anos, escolhi abrir mão da estabilidade de um cargo público. Naquela época eu não tinha a mesma clareza que tenho hoje, mas olhando para o passado, percebo que mesmo de forma não planejada, apliquei o que acredito até hoje. Espero que minhas reflexões🤔 te ajudem a fazer escolhas mais inteligentes com relação ao dinheiro e sua carreira. 

O meu objetivo escrevendo esse artigo é que você repense o papel que o dinheiro ocupa na sua vida. Não com o intuito de que você siga o mesmo caminho que o meu. Mas, para que você defina de forma mais assertiva suas próprias metas e planos financeiros.

Por que não falamos sobre o dinheiro que fazemos?

Eu sempre achei curioso o fato de muitas pessoas terem receio em comentar sobre seus salários ou pró-labores. 

Você vai perceber que eu geralmente usa a expressão fazer dinheiro e não, ganhar dinheiro. Ganhar passa a ideia de que conseguimos algo sem esforço, como ganhar um presente. E não é isso que fazemos em nossas profissões.

Nós entregamos valor para uma empresa ou organização. E, por isso, fazemos nosso próprio dinheiro, não o “ganhamos”.

Mas, se nós fazemos nosso próprio dinheiro, se geramos valor e isso nos retorna financeiramente, então por que raramente falamos sobre essa quantia? Bom, acredito que existam várias respostas para essa pergunta. Muitos pensam que compartilhar o quanto recebem pode despertar inveja, ou até mesmo gerar competição dentro da empresa. Outros, pensam que falar do salário é algo muito pessoal para ser compartilhado. Ou ainda há aqueles que não se sentem confortáveis em compartilhar essa informação por pensarem que não "ganham" o suficiente. Às vezes, sem sequer ter clareza do valor que gostariam realmente de receber.

Porém, mais importante do que a resposta para a pergunta “Por que não falamos sobre nosso salário?” são as reflexões que esse questionamento nos traz. Dentre elas, a principal é justamente “Qual é o papel do dinheiro na minha vida?”, pois é ela que nos faz pensar sobre o porquê de algumas pessoas fazem mais dinheiro do que outras. Essa pergunta também desperta reflexões sobre os motivos de compararmos nosso salário com os dos outros, sem realmente pensarmos sobre a importância do dinheiro em nossas próprias vidas.

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Pontos importantes sobre carreira e dinheiro

Muitas pessoas acreditam que a quantidade de dinheiro que fazem em sua profissão está ligada apenas ao seu esforço. Seria ótimo se as coisas funcionassem assim, mas existem outros aspectos que influenciam a quantidade de dinheiro que você faz. Muitos deles estão relacionados ao próprio funcionamento do mercado, mas outros são mais subjetivos e dependem do seu estilo de vida. Por isso, vou te explicar melhor que aspectos são esses e como você fazer escolhas melhores.

Renda Passiva e Renda Ativa

Existem pessoas que aceitam “jogar o jogo” da forma como ele funciona. Ou seja, há quem entenda que o mercado tem limitações, aceitando que existem profissões com determinado teto salarial. Para essas pessoas, a remuneração costuma não ser um dos aspectos essenciais na Roda do Trampo. 

Mas, há aqueles que valorizam a remuneração acima de outras características. Portanto, eles se preocupam em gerar cada vez mais valor para a empresa em que trabalham e, então fazer mais dinheiro. Ainda assim, essas pessoas não estão imunes às regras do jogo e se elas querem superar as limitações que existem no mercado, precisam procurar outras alternativas.

É aí que entra o conceito de renda passiva. Sabe aquela expressão “fazer dinheiro dormindo”? Então, a renda passiva é basicamente isso. É fazer dinheiro mesmo sem investir grande parte ou a totalidade do seu tempo no trabalho. Aliás, a melhor forma de ter renda passiva é empreendendo. E isso não significa, necessariamente, abrir seu próprio negócio. 

Por exemplo, imagine um designer que trabalha cobrando por hora. Ele pode pensar em expandir essa sua renda ativa realizando trabalhos de freelancer, e selecionando os serviços que gerem maior remuneração. Ele pode, ainda, criar um infoproduto, e assim, usar a tecnologia a favor da sua renda.

Esse é apenas um exemplo de uso da renda passiva, já que esse conceito pode ser aplicado a profissionais de diversas áreas. Basta que você entenda que seu trabalho pode se tornar escalável para começar a buscar estratégias criativas que aumentem seu teto de receita.

Porém, lembre-se que empreender tem riscos. Talvez o retorno financeiro não seja imediato. E é justamente por isso que é importante ter clareza e propósito ao tomar decisões.

Oferta e Demanda

Além do teto salarial a lei da oferta e da demanda também regula o mercado. Um forma simples de explicar como isso funciona é usando um exemplo do mundo das Startups. Hoje, existem diversos profissionais qualificados para trabalhar com inside sales (vendas) em Startups. Ou seja, há mais oferta - profissionais - do que demanda - vagas. Como há muitos profissionais nessa área, as empresas sabem que não precisam pagar um valor tão alto. 

Já a oferta de programadores para Startups de tecnologia é bem pequena. São poucos os programadores que trabalham com linhas de código específicas. E como esses profissionais são raros, é comum que as empresas ofereçam a eles salários maiores. 

Ou seja, o que quero te mostrar com esse exemplo é que a oferta e demanda exerce grande influência no dinheiro que você faz. Os salários que as empresas pagam são ditados por essa lei do mercado e, por isso, fica mais difícil superá-la sem encontrar estratégias que rompam com a lógica do mercado tradicional.

Custo e padrão de vida

Outro fator que influencia na quantidade de dinheiro que você faz é o seu custo de vida. Esse aspecto é algo mais pessoal. Avaliar o seu padrão de vida é essencial, independente da fase da vida em que você se encontre. Afinal, esse é um passo importante para começar a pensar sobre o papel que o dinheiro exerce em nossas vidas. 

Defina que estilo de vida quer ter, o que é importante pra você. Sabendo isso, é possível traçar planos e metas condizentes com os seus objetivos financeiros. Até porque não ter sonhos e planos definidos acaba gerando a pergunta “O que faço com o meu dinheiro?”.

Por isso, estabeleça metas financeiras, e encaixe-as em um propósito. Por exemplo, suponhamos que você sonhe em ter filhos e espera matriculá-los em uma escola particular. Ao definir esse objetivo de vida, fica mais fácil de entender onde sua carreira e sua remuneração se enquadram nesse objetivo. 

Como fazer diferente?

O mercado tem sim limitações, mas é possível superá-las. Ao longo deste artigo, te mostrei que há formas de repensar a função do dinheiro em nossas vidas e, de encontrar estratégias que rompam com as regras do mercado tradicional. 

Em resumo, os passos que eu considero importantes para alcançar esse objetivo, e que também podem te ajudar nessa jornada, são:

1. Roda da Vida

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Definir quais são as prioridades da sua vida é essencial na tomada de decisões assertivas. Para isso, você pode usar a Roda da Vida, que te ajuda a avaliar o que é realmente importante para você. Entenda melhor como essa ferramenta funciona nesse vídeo aqui.

2. Roda do Trampo

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A Roda do Trampo serve para que você avalie o que é importante na sua carreira. Assim, ao definir seus objetivos e prioridades no trabalho, torna-se mais fácil tomar boas decisões profissionais. Entenda melhor como a Roda do Trampo funciona nesse vídeo.

3. Entender o papel do dinheiro na sua vida

Como já discutimos ao longo desse artigo, é essencial entender o papel do dinheiro na sua vida e na sua carreira. Afinal, esse é um dos primeiros passos para começar a tomar o controle da sua jornada profissional. Ao entender isso, você consegue trilhar sua carreira de acordo com suas verdadeiras metas e objetivos financeiros.

Vou dar um exemplo dessa reflexão na prática: digamos que você tem uma decisão profissional para fazer: “Aceito uma proposta de emprego em uma Startup ou em uma Multinacional?”. Sem clareza é muito difícil tomar essa decisão. Agora, se você tem suas prioridades estabelecidas, a escolha se torna simples. Se você é uma pessoa que valoriza o salário acima de outros fatores, então, provavelmente, uma Multinacional já bem estabelecida no mercado te pagará mais. Porém, se na sua Roda as características que se sobressaem são o aprendizado e a autonomia, normalmente, a Startup irá te proporcionar isso em maior quantidade.

4. Defina seu custo de vida

Outro ponto importante é avaliar seu custo de vida. É fundamental que você saiba equilibrar o quanto você faz de dinheiro com as sua prioridades de vida. Afinal, não adianta ter muito dinheiro se você não sabe como usá-lo, ou se outros aspectos importantes da sua vida são sacrificados por conta disso. Por isso, estabeleça metas e tome decisões profissionais de acordo com o padrão de vida que você pretende levar. 

5. Entenda o mercado

Entender o funcionamento do mercado é outro ponto chave. Independente da sua escolha, seja empreender ou atuar no mercado tradicional, pesquisar, conversar com profissionais do ramo e se manter atualizado é fundamental. 

Lembre-se que se você decidir empreender é importante manter o networking com outros empreendedores do seu nicho e, pesquisar sobre o mercado em que você atua. Sites como o Glassdoor podem te ajudar na pesquisa de salários, já que encontrar essa informação não é tão simples quanto encontrar o salário de cargos públicos, por exemplo.

6. Tenha um planejamento

Por último, basta ter um bom planejamento. O Design de Carreira com certeza pode te ajudar nisso. Estabelecer metas e entender suas prioridades e objetivos é essencial. Só assim é possível equilibrar a vida pessoal e profissional, buscando uma boa remuneração, mas sem sacrificar o que é importante para você.

Conclusão

Não espere simplesmente ganhar dinheiro, lembre-se que você faz seu dinheiro ao gerar valor. Por isso, empreenda sua carreira, seja proativo.

Tenha sempre em mente qual o papel que o dinheiro exerce na sua vida e defina metas e objetivos com base em suas prioridades.

Afinal, o quanto você faz de dinheiro deve condizer às suas expectativas e não às dos outros. Não compare a sua remuneração com a de outras pessoas, pois o dinheiro é apenas uma das variáveis dentro da sua carreira. Há diversos outros fatores que devem ser levados em consideração e eles cabem apenas a você.

Pensando na minha jornada profissional, mesmo que eu tivesse escolhido me manter em um cargo público, o rumo da minha carreira caberia apenas a mim. 

Portanto, não espere ganhar dinheiro de repente. Planeje e defina suas prioridades, pois só assim você será o protagonista da sua própria jornada profissional.

Espero que esse texto tenha feito você refletir sobre o papel que o dinheiro ocupa na sua vida e na sua carreira. E se quiser saber mais, deixe um comentário que a gente conversa!

Thiago HC